29 janeiro 2016

VIVENDO NAS CINZAS



     A Bíblia diz: “Tu és pó e ao pó tornarás” (Gn 3.19). Talvez seja difícil conviver com essa realidade, mas, ela está aí. A morte é evidente como o sol que queima a pele. Não é possível não percebê-la, não notá-la. E é assim que começa o período de quaresma: com o culto de cinzas, para lembrarmos que nosso fim é pó, isto é, morte.
     Mas na quaresma, não lembramos da morte por um acaso qualquer. O objetivo não é impor medo ou terror. Nós lembramos da nossa morte e do nosso estado natural para entender o que vem depois. Como entender a morte de Cristo sem entender o “porquê” e o “para que” Ele está morrendo? Cristo veio no Natal, foi revelado na Epifania para morrer em seu e no meu lugar. Cristo veio realizar o que humanamente é impossível: nos salvar dos pecados. 



     Jesus, sim, pode nos salvar dos pecados, afinal, Ele não é pó. Jesus é vida! Cristo não tem cheiro de morte como nós, pelo contrário, Ele é fonte de vida. A natureza de Cristo é divina, e como verdadeiro Filho de Deus, Ele pode transformar o que era pó, em vida; Cristo transformou a escuridão em luz; Cristo transformou a nossa vida vazia em alegria plena, pois Ele é o nosso Salvador.
    Apesar de continuarmos vivendo nas cinzas de um mundo perdido e condenado, podemos ter a certa esperança que a Vida Eterna será a restauração do que um dia existiu perfeitamente. Viver o que é perfeito em plena felicidade, longe de todo pecado e dor, é o presente que Cristo nos dá pela sua própria morte. Que Deus nos livre da morte e das cinzas, pela fé em Cristo, nosso Bom, Único e Suficiente Salvador.
Amém.

Pastor Filipe Timm

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